"António Filipe alerta para precariedade dos cuidados de saúde na Península de Setúbal"
O candidato à presidência António Filipe expressou hoje a sua preocupação com o acesso aos cuidados de saúde na Península de Setúbal, sublinhando que este assunto deve ser discutido nas próximas eleições.

Hoje, António Filipe, candidato às presidenciais, manifestou a sua preocupação em relação à acessibilidade aos cuidados de saúde na Península de Setúbal, durante uma iniciativa junto ao Hospital de Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro. "A saúde não pode ser ignorada no debate das eleições presidenciais. Embora o Presidente não seja responsável pelo governo, tem poder de veto sobre as medidas propostas", afirmou.
António Filipe reuniu-se com comissões de utentes de saúde de vários concelhos da margem sul, como Barreiro, Moita, Seixal e Alcochete, para discutir os desafios que a população enfrenta. "Viemos até aqui para escutar as preocupações das comissões de utentes, dado que o acesso aos cuidados de saúde na região é um problema grave e que se insere numa problemática nacional", disse.
O candidato expressou a sua preocupação em particular com a urgência de obstetrícia, que encerrará neste fim de semana no Barreiro, juntamente com outras na região de Lisboa. "É alarmante que assistamos a partos em ambulâncias devido ao fecho de serviços essenciais do SNS, aliado à escassez de médicos de família. Esta situação é inaceitável e precisamos de urgentemente dar visibilidade a este problema", sublinhou.
Quanto à proposta de concentrar a urgência de obstetrícia no Hospital Garcia de Orta, em Almada, António Filipe rejeitou a ideia e defendeu que mais soluções devem ser encontradas na própria Península de Setúbal, uma vez que a região regista anualmente cerca de cinco mil partos.
A 9 de julho, a ministra da Saúde anunciou que o Hospital Garcia de Orta abrirá 24 horas por dia a urgência de obstetrícia a partir de setembro, com uma equipa médica que se transferirá do setor privado para integrar o SNS. Contudo, a governante reconheceu que será necessário tempo para estabilizar a situação na Península de Setúbal.