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Conflitos em Sweida obrigam governo sírio a reforçar segurança

Após violentos confrontos entre comunidades beduínas e drusas, o governo sírio envia tropas para a província de Sweida, onde a tensão já custou várias vidas.

há 5 horas
Conflitos em Sweida obrigam governo sírio a reforçar segurança

As autoridades da Síria decidiram reforçar a presença de segurança na província de Sweida, no sul do país, na sequência de intensos confrontos que resultaram em numerosas baixas. De acordo com um anúncio do Ministério da Defesa, foram enviadas "unidades militares para as áreas afetadas", além de medidas para garantir "passagens seguras para civis" e restaurar a ordem rapidamente.

Os confrontos, que continuam de forma intermitente em várias aldeias, têm sido monitorados pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) e pela plataforma de notícias Suwayda 24. Até ao momento, a televisão estatal reportou a morte de seis soldados, enquanto o OSDH contabiliza pelo menos 50 mortos e vários feridos, com a autoestrada que liga Damasco a Sweida ainda encerrada.

No domingo, o ministro do Interior, Anas Khattab, mencionou na rede social X que a fragilidade das instituições estatais é um fator crucial para as tensões em Sweida, sublinhando a necessidade de reativar essas instituições para assegurar a paz civil.

Os confrontos tiveram início após o sequestro de um vendedor de legumes druso por beduínos armados, o que desencadeou um ciclo de violência com ambos os grupos realizando raptos. O governador de Sweida, Mustafa al-Bakour, fez um apelo à moderação entre os residentes, enquanto líderes da comunidade drusa pressionaram por uma solução governamental para as tensões.

As tensões intercomunitárias entre drusos e beduínos não são novidade na região, com a província de Sweida, que possui cerca de 700.000 habitantes, abrigando a maior comunidade drusa da Síria, uma minoria esotérica do Islão xiita. Esta nova onda de violência destaca os desafios contínuos de segurança que o governo de Ahmad al-Charaa enfrenta num país que se recupera de quase 14 anos de guerra civil.

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