Exército israelita ataca jornalistas em Gaza, elevando números trágicos
Dois jornalistas foram mortos na Faixa de Gaza, incluindo um deles e a família. Este ataque agrava a crise na região, com mais de 230 trabalhadores de media já mortos desde outubro.

O exército israelita provocou a morte de dois jornalistas na Faixa de Gaza, numa ofensiva que resultou também na perda da mulher e dos três filhos de um deles. As informações foram divulgadas hoje por fontes locais e reportadas pelo Centro Palestiniano de Proteção dos Jornalistas na plataforma X. O jornalista Husam Al Adlouni foi morto no domingo à noite num bombardeamento que atingiu uma tenda destinada a acolher pessoas deslocadas, na zona de Al Mawasi, noroeste de Khan Younis.
Outro jornalista, Fadi Khalifa, perdeu a vida em um ataque enquanto inspecionava a sua residência no bairro de Zeitun, no sudeste da cidade de Gaza, conforme anunciou a agência oficial palestiniana Wafa. Este lamento ocorre apenas três dias após o assassinato de Ahmed Abu Aisha, correspondente da Palestine Today TV, que foi alvo de um ataque de drone israelita à porta de sua casa, na área de Nuseirat.
Com estas novas fatalidades, o número total de jornalistas mortos em Gaza se eleva para 231, englobando profissionais de diversos meios de comunicação, incluindo escritores e radialistas, segundo o registo do governo controlado pelo Hamas. A continuação desses ataques e a proibição de entrada da imprensa estrangeira dificultam enormemente a cobertura e a disseminação de informação sobre a situação devastadora que o povo de Gaza enfrenta, onde já foram contabilizadas mais de 58 mil mortes, conforme relatado pela agência de notícias espanhola Efe.