Política

Fragmentação no PS: Ascenso Simões defende que não devemos apoiar candidatos

O ex-deputado Ascenso Simões critica a fragmentação no PS e sugere que o partido não deve apoiar nenhum candidato nas próximas eleições presidenciais.

há 4 horas
Fragmentação no PS: Ascenso Simões defende que não devemos apoiar candidatos

O ex-deputado do Partido Socialista, Ascenso Simões, expressou preocupação com a fragmentação do partido face às próximas eleições presidenciais, indicando que esta situação já perdura há várias décadas. Durante uma intervenção no espaço de comentário 'Além do óbvio', na SIC Notícias, Simões afirmou que António José Seguro, o atual candidato do PS, não deveria aceitar apoio da estrutura partidária.

Simões começou por reconhecer o apoio crescente de autarcas e dirigentes do PS à candidatura de Seguro, mas salientou que existe também um grupo significativo de militantes que não se sente representado por esta escolha. "O PS está fragmentado em relação às Presidenciais. Esta fragmentação é uma realidade conhecedora e antiga", frisou, recordando batalhas presidenciais passadas.

Questionado acerca da definição do centro-esquerda em Portugal, Simões destacou a necessidade de uma melhor apresentação da esquerda nas eleições, uma vez que é fundamental discutir a potencial segunda volta.

No que diz respeito a Sampaio da Nóvoa, cujo apoio tem vindo a ser expresso por parte de alguns membros do PS, Simões manifestou dúvidas sobre a sua aceitação como candidato. “Sampaio da Nóvoa é uma figura com um percurso único, mas há um risco de instrumentalizar a sua imagem para resolver questões que pertencem a outros.”

O ex-deputado defendeu uma posição clara do PS, sugerindo que o secretário-geral, José Luís Carneiro, informe o Conselho Nacional que o partido não deve apoiar nenhum candidato, permitindo assim que Seguro possa distanciar-se de conflitos internos e potencialmente ter um caminho mais autónomo e bem-sucedido.

Simões sublinhou ainda que a candidatura de Seguro parece ter emergido a partir de uma entrevista de Pedro Nuno Santos, sugerindo que a sua ascensão é uma reflexão de perfis dentro do PS.

Neste momento, apenas algumas pessoas, como Luís Marques Mendes e Henrique Gouveia e Melo, já formalizaram as suas candidaturas a Belém, enquanto António Vitorino e Augusto Santos Silva já declinaram. As eleições presidenciais estão agendadas para o início do próximo ano.

Por último, Mariana Leitão da Iniciativa Liberal também se apresentou como candidata, mas acabou por desistir após a saída de Rui Rocha da liderança do partido.

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