Mariana Leitão avança sozinha para liderar a Iniciativa Liberal
Mariana Leitão é a única candidata à presidência da IL nas eleições internas agendadas para 19 de julho em Alcobaça, trazendo consigo uma equipa diversificada.

A líder parlamentar da Iniciativa Liberal (IL), Mariana Leitão, é a única figura que se apresenta à liderança do partido nas próximas eleições internas, que ocorrerão durante a X Convenção Nacional, marcada para 19 de julho em Alcobaça.
Com o prazo para a submissão de candidaturas encerrado na passada sexta-feira à meia-noite, a assessoria do partido confirmou no domingo à noite que Mariana é a única aspirante ao posto deixado vago por Rui Rocha, que se demitiu a 31 de maio, após avaliar negativamente os resultados da IL nas eleições legislativas.
A proposta de Mariana Leitão para a nova direcção do partido inclui destacar os antigos apoiantes da ex-deputada Carla Castro, que tentou a liderança do partido anteriormente. Na nova lista, Rui Rocha sairá da Comissão Executiva, enquanto Mário Amorim Lopes é promovido a vice-presidente, e André Abrantes Amaral também assume uma posição similar.
Além destes, Paulo Trezentos, ex-membro do Conselho de Fiscalização, é também nomeado para vice-presidente. Ricardo Pais Oliveira permanece como um dos atuais vice-presidentes, ao passo que a deputada Angélique da Teresa deixa a Comissão Executiva. Rui Ribeiro ocupa agora a posição de secretário-geral.
Mariana deseja incluir na sua lista de direcção João Cascão, anteriormente proposto por Carla Castro como secretário-geral, e Eunice Baeta, que se posicionou ao lado de Castro e mais tarde se associou ao movimento Unidos pelo Liberalismo. Nas suas palavras, Mariana afirma ter assemblado "uma equipa renovada e muito competente", representando uma diversidade de tendências e sensibilidades dentro do partido.
No comunicado que acompanhou a sua lista, Leitão realçou que, apesar de algumas discordâncias passadas, agora é tempo de união para construir uma Iniciativa Liberal que Portugal necessita, sem hesitações na defesa dos valores liberais.
As eleições internas ocorrem após Rui Rocha ter assumido a presidência entre 2023 e 2025, renunciando ao cargo face aos resultados eleitorais de 5,36% e nove deputados, um aumento em relação às eleições de 2024.
Mariana Leitão anunciou a sua candidatura poucos dias após a demissão de Rocha, expressando o desejo de inspirar uma mudança significativa e encorajando um discurso liberal firme e sem constrangimentos.
Ainda antes da sua candidatura, outros nomes considerados como possíveis concorrentes, como Mário Amorim Lopes e Bernardo Blanco, decidiram afastar-se da corrida, com Amorim Lopes a endossar publicamente o apoio a Mariana Leitão. A facção opositora a Rui Rocha também optou por não apresentar uma alternativa.