Migrantes Marroquinos Resgatados no Algarve: Ação das Autoridades em Andamento

Na passada sexta-feira, 38 migrantes de nacionalidade marroquina, incluindo sete menores, desembarcaram na Praia de Boca do Rio, no concelho de Vila Nova do Bispo, Algarve. O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, anunciou que, de momento, não existe qualquer pedido de asilo por parte dos ocupantes da embarcação artesanal.

Durante uma declaração feita em Olhão, o governante destacou a rápida intervenção das autoridades, que garantiram assistência imediata aos migrantes detectados. "As pessoas foram identificadas e, embora tenham enfrentado dificuldades como desidratação, estão agora sob custódia", explicou.

Os migrantes encontram-se temporariamente alojados num pavilhão desportivo preparado pela Proteção Civil, enquanto aguardam pelo processo de afastamento do território português. Leitão Amaro indicou que todos os detidos ficarão sob um regime de instalação temporária, até serem realojados em centros adequados.

O secretário de Estado referiu que a situação dos menores é tratada com especial cuidado, mas a identidade dos responsáveis por eles ainda não foi confirmada, dado que muitos não possuem documentação. "Estamos a tentar encontrar soluções em colaboração com organizações internacionais, visando o retorno seguro ao país de origem", acrescentou.

Segundo o major Ilídio Barreiros, da Unidade de Controlo Costeiro da GNR, 31 migrantes foram detidos e deverão permanecer em instalações temporárias durante o processo de afastamento, já validado pelo Tribunal de Silves. Além disso, sete outras pessoas ainda estão hospitalizadas, o que suspende temporariamente o seu depoimento. "A saúde dos migrantes é a nossa prioridade", garantiu.

A operação de resgate contou com a colaboração de várias entidades, incluindo a GNR, INEM e Proteção Civil, que trabalharam em conjunto para assegurar a segurança e o bem-estar dos migrantes. A embarcação foi inspecionada pelas autoridades marítimas antes de ser rebocada para Porto.