Ministério Público solicita pena de prisão a parceiro da chefe da Comunidade de Madrid
O Ministério Público de Espanha requisitou uma pena superior a três anos de prisão para Alberto González Amador, parceiro da presidente Isabel Díaz Ayuso, por fraude fiscal.

Madrid, 16 de julho de 2025 (Lusa) -- O Ministério Público espanhol formalizou um pedido de prisão a Alberto González Amador, companheiro da mensagem da Comunidade de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, exigindo uma pena de três anos, nove meses e um dia, segundo fontes judiciais.
A solicitação foi apresentada à juíza responsável pela investigação em curso, como noticiado pela agência Efe.
Em 29 de maio passado, a juíza responsável pelo caso deu início a um processo contra Alberto González Amador, que enfrenta acusações de fraude fiscal e falsificação de documentos.
A magistrada Inmaculada Iglesias, do 19.º Tribunal de Instrução de Madrid, decidiu transformar o processo preliminar em um processo abreviado, incluindo González Amador e mais quatro indivíduos, todos indiciados por uma alegada fraude fiscal que teria totalizado 350.951 euros e por falsificação de documentos.
A investigação teve início após uma auditoria fiscal realizada em 2022, que culminou num relatório em 2023, detalhando irregularidades no Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas de Alberto González Amador, relativo aos anos de 2020 e 2021.
Este relatório fundamentou a queixa apresentada pelo Ministério Público, levando a juíza a instaurar um processo contra Amador e outros empresários por alegados crimes fiscais, incluindo um esquema de emissão de faturas falsas.
Além dos inspetores tributários que produziram o relatório inicial, o advogado fiscalista Javier Gómez Fidalgo, que assessora González Amador desde o início da inspeção pelo Fisco, também prestou depoimento no caso.
Antes do início do processo, Carlos Neira, outro advogado de González Amador, propôs um acordo judicial ao Ministério Público, reconhecendo duas infrações fiscais do cliente na esperança de conseguir uma pena mais leve e evitar a fase de julgamento.
A revelação de um e-mail relacionado a essa proposta desencadeou uma investigação do Supremo Tribunal contra o Procurador-Geral do Estado, Álvaro García Ortiz, que agora enfrenta acusações.