Política

PCP destaca importância da memória histórica em homenagem a Hiroshima e Nagasáqui

O PCP sublinha a necessidade de recordar os bombardeamentos de Hiroshima e Nagasáqui e luta contra a propaganda do militarismo e suas consequências.

06/08/2025 15:00
PCP destaca importância da memória histórica em homenagem a Hiroshima e Nagasáqui

Rui Fernandes, membro da Comissão Política do Comité Central do PCP, assinalou o 80º aniversário dos bombardeamentos atómicos de Hiroshima e Nagasáqui, ocorridos a 6 e 9 de agosto de 1945, considerando-os um "crime monstruoso contra a humanidade sem qualquer justificação".

"Recordar o holocausto nuclear é um dever de memória, mas representa também uma oportunidade para reafirmar a nossa responsabilidade em evitar que tais tragédias se repitam", destacou.

O dirigente comunista alertou para o sofrimento que o povo palestiniano enfrenta devido à agressão do sionismo israelita e do imperialismo norte-americano, afirmando que "o imperialismo não hesita em cometer os crimes mais hediondos para alcançar os seus objetivos". Defendeu ainda que "somente a luta dos trabalhadores e dos povos poderá forçá-los a recuar".

Fernandes frisou a importância de defender a verdade histórica, ao mesmo tempo que é crucial "combater a intensa propaganda em prol do militarismo e da guerra, que normaliza o fascismo e banaliza o uso de armas nucleares".

A situação atual, segundo ele, é agravada pelas decisões recentes da NATO e da União Europeia que promovem o aumento das despesas militares, imposições da administração Trump.

O PCP reafirma o seu compromisso com a luta pelo desarmamento, pela resolução política dos conflitos e pelo respeito pela Carta da ONU, bem como pelos princípios do Acordo Final da Conferência de Helsínquia, que celebra este ano 50 anos.

Adicionalmente, Fernandes comentou que, enquanto avança uma "escalada militarista", verifica-se também um ataque aos direitos laborais e a promoção da extrema-direita. O PCP apelou ainda ao aumento da luta contra a "agressão genocida de Israel ao povo palestiniano" e pela "reconhecer do seu Estado soberano", essencial para uma "paz justa e duradoura" no Médio Oriente.

Recorde-se que, há 80 anos, o avião americano B-29 "Enola Gay" lançou a primeira bomba atómica sobre Hiroshima, seguida de outra sobre Nagasáqui, resultando em mais de 200.000 mortes em pouco tempo.

As cerimónias a marcar esta data terão lugar hoje e no sábado nas duas cidades, com representantes de cerca de 100 países.

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