Política

PS em choque e Chega em ascensão: Análise de Montenegro

O primeiro-ministro Luís Montenegro reagiu à ameaça de rutura do PS, notando a crescente responsabilidade do Chega e a necessidade de humildade democrática por parte dos socialistas.

há 11 horas
PS em choque e Chega em ascensão: Análise de Montenegro

Durante uma entrevista no programa "Política com Assinatura" da Antena 1, o primeiro-ministro Luís Montenegro expressou surpresa pela recente ameaça do Partido Socialista (PS) de romper com o Governo. "O PS não está habituado a ser oposição", afirmou, referindo que a atual dramatização e radicalização do partido é contrária à linha política esperada da sua liderança.

Montenegro também se debruçou sobre o Chega, liderado por André Ventura, afirmando que este partido já está "normalizado" na política portuguesa. "Não é novidade que o Chega vote com o PS; ele já o fez no passado. Quando o PSD faz o mesmo, somos acusados de normalizar o Chega?", questionou, sublinhando a convergência entre ambos os partidos em várias questões legislativas.

Na sua visão, tanto o PS como o Chega são "alternativas de Governo" e têm "representação equivalente". Montesquieu frisou que a ofensa sentida por alguns em relação a esta comparação reflete uma desconexão com a vontade do povo português.

Montenegro reiterou a sua postura de não desconfiar de ninguém, mas sublinhou que o PS tem um histórico de maior fiabilidade e capacidade de diálogo, ao passo que o Chega está agora "a começar a mostrar" responsabilidades que antes não estavam evidentes.

Sobre o futuro do PS na oposição, o primeiro-ministro alertou que o partido não pode contar apenas com a sua história dos últimos 50 anos, destacando que, após passar 23 dos últimos 30 anos no poder, precisa de desenvolver "humildade democrática".

Além disso, Montenegro mostrou-se otimista quanto à possibilidade de viabilização do Orçamento do Estado para 2026, solicitando que as alianças passadas entre PS e Chega não se repitam, principalmente em decisões que possam comprometer a governabilidade.

No que diz respeito à gestão orçamental do Governo, Montenegro afirmou que a responsabilidade fiscal tem sido exemplo em nível europeu, atribuindo o mérito à liderança de Pedro Passos Coelho e à necessidade de manter o equilíbrio nas contas públicas.

Por fim, em termos internacionais, o primeiro-ministro manifestou descontentamento com a primeira versão do Orçamento comunitário e previu um "intenso" período de negociações, destacando a importância de uma coordenação prudente entre os países membros da União Europeia para enfrentar os desafios económicos e comerciais.

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