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Rússia mostra-se disponível para nova ronda de negociações com a Ucrânia

A Rússia está aberta a uma terceira ronda de conversações de paz com a Ucrânia, embora ainda não haja data definida e as posições continuem distantes.

há 4 horas
Rússia mostra-se disponível para nova ronda de negociações com a Ucrânia

A Rússia afirmou hoje estar disposta a participar numa terceira ronda de negociações de paz com a Ucrânia, como indicado pelo porta-voz presidencial, Dmitri Peskov. Segundo ele, o país está preparado para avançar com o diálogo, embora não haja uma data estipulada e reconheça que será necessário “muito trabalho” para alinhar as diferentes visões.

Peskov referiu que a Rússia apoia a realização de uma nova reunião, após duas tentativas anteriores em Istambul que não produziram resultados significativos. "Assim que definirmos uma data, será comunicada", acrescentou.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, manifestou a intenção de agendar novas conversações para esta semana, uma vez que a situação entre os dois países se encontra estagnada.

Informações de meios de comunicação turcos indicam que esta nova reunião pode ocorrer a 23 ou 24 de julho. Peskov também lembrou que as partes já trocaram memórias sobre as suas propostas para a resolução do conflito, destacando, porém, que os documentos são “diametralmente opostos”.

A composição da delegação russa, liderada pelo conselheiro presidencial Vladimir Medinsky, permanecerá inalterada e a Rússia reafirma o seu interesse em realizar a terceira ronda em Istambul.

Entretanto, as autoridades ucranianas reportaram um ataque russo em Kyiv que resultou na morte de uma pessoa e deixou duas feridas, além de um incêndio numa creche. O último encontro entre as partes ocorreu a 2 de junho, onde as negociações não avançaram, limitando-se a algumas trocas de prisioneiros.

O Kremlin enfatiza que um eventual acordo de paz deve incluir a retirada da Ucrânia das quatro regiões que a Rússia anexou em setembro de 2022, além de exigir que Kyiv renuncie à adesão à NATO e aceite restrições rigorosas às suas forças armadas, condições que foram rejeitadas pela Ucrânia e seus aliados.

No dia 14 de julho, o Presidente dos EUA, Donald Trump, alertou a Rússia sobre possíveis tarifas severas caso não seja alcançado um acordo de paz no prazo de 50 dias, e anunciou o estabelecimento de um novo canal para envio de armamento norte-americano à Ucrânia.

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