Mulher obrigada a devolver filho ao pai após anos de disputa judicial
Após fugir de Itália para escapar à violência do ex-marido, Juana Rivas teve de entregar esta manhã o filho mais novo ao pai, culminando uma batalha legal complexa.

Juana Rivas, uma mulher espanhola que se exilou de Itália devido ao abuso físico por parte do ex-companheiro, foi forçada hoje a devolver a guarda do seu filho mais novo ao pai, Francesco Arcuri. Este acontecimento aconteceu de forma dramática, em resultado de um processo judicial que se arrasta há anos.
A história de Juana começou em junho de 2016, quando decidiu fugir da ilha de Carloforte, na Sardenha, levando consigo os dois filhos. Desde então, a mulher tem lutado nos tribunais para demonstrar que tanto ela como as crianças eram vítimas de agressões. Entretanto, este caso levantou diversas dúvidas sobre as suas alegações de violência doméstica.
Apesar de em 2009 Juana ter já denunciado o marido por violência, em 2013 decidiu reatar o relacionamento, uma decisão que mais tarde foi utilizada por alguns para questionar a veracidade das suas acusações. Segundo a própria, voltou a ser agredida, o que a levou a criar um plano de fuga em direção a Granada, Espanha.
Ao longo do tempo, os tribunais não encontraram evidências que comprovassem que Francesco fosse violento ou que agredisse os filhos. Recentemente, o filho mais novo terá declarado que a mãe o pressionava a afirmar que o pai o maltratava, conforme noticiado pelo El Mundo. Exames psicológicos realizados ao filho mais velho também corroboraram essas alegações, revelando uma pressão psicológica exercida por Juana.
Durante todo este processo, Francesco manteve-se relativamente discreto, mas, em declarações, denunciou as manipulações que a ex-mulher terá feito em relação aos filhos. Esta manhã, no local de encontro estabelecido para a entrega do filho, Juana, em lágrimas, teve que ser assistida por uma ambulância devido a uma crise de nervos.
Relatos indicam que Daniel, o filho de 11 anos, saiu a chorar com o pai, num momento difícil para mãe e filho. O menino deve agora retornar a Itália com Francesco, onde reencontrará o irmão, que já se encontrava com o pai desde há sete meses.
Em 2017, quando o caso ganhou notoriedade, muitas manifestações de apoio a Juana surgiram nas redes sociais, refletindo a luta de muitas mulheres que enfrentam situações semelhantes.